Sébastien Ogier fez a segunda participação na época do Mundial de Ralis (WRC) este fim de semana no Rali do México... e triunfou com pontuação máxima, ao ter ganho também a Power Stage. Foi um domínio claro pelo oito vezes campeão do mundo depois do incidente que afastou Esapekka Lappi (Hyundai) na primeira classificativa de ontem.
A passagem única em El Brinco para a Power Stage colocou um ponto final na prova mexicana. Ogier rubricou o melhor tempo batendo Ott Tänak (M-Sport Ford) por 2,1s e assim conseguiu os cinco pontos extra a juntar ao triunfo 27,5s na frente de... Thierry Neuville (Hyundai).
O belga fez o terceiro registo desta PEC 23 e recuperou tempo suficiente para ultrapassar Elfyn Evans (Toyota) por 0,4s e ser segundo. O britânico, sexto no troço, foi terceiro no rali. Kalle Rovanperä (Toyota) e Dani Sordo (Hyundai) foram quarto e quinto quer na especial, quer na geral final.
No WRC2, Adrien Fourmaux (Ford), afastado da luta pelos lugares cimeiros da classe, fez o melhor tempo na Power Stage batendo Emil Lindholm (Skoda) por 3,3s. O terceiro tempo foi suficiente para Gus Greensmith (Skoda) consumar o triunfo, batendo Lindholm por 32,9s. Oliver Solberg (Skoda) completou o pódio a 1m06,2s.
Kajetan Kajetanowicz (Skoda) consumou a vitória no WRC2 Challenger 2m59,5s na frente de Martin Prokop (Ford) depois de ter sido o mais veloz da classe também na PEC 23. O mesmo fez Diego Domínguez Jr. no WRC3, conseguindo vencer todas as especiais da categoria sem grande oposição por parte de Jason Bailey.
O resumo do rali
Créditos da imagem: © Toyota Gazoo Racing WRT
Quinta-feira a correr de feição para Tänak, que foi o mais veloz na dupla passagem pela super-especial Street Stage GTO para ficar no comando. No entanto, a sexta-feira começou logo mal para o estónio, que na PEC 3 teve problemas no turbo do Ford Puma Rally1 e ficou irremediavelmente fora da luta pelos lugares cimeiros.
Começou, então, um animado duelo entre Lappi e Ogier, com Evans mais longe no terceiro lugar – ao mesmo tempo que se tinha de preocupar em manter um lugar no top três perante ameaças como Neuville, Rovanperä e, na fase inicial, Sordo.
A disputa entre Lappi e Ogier durou até à PEC 11, sempre com o finlandês na frente... até sofrer um forte despiste na PEC 11 (Ibarrilla 1) que deu início ao dia de ontem, sendo forçado a abandonar. Daí em diante, Ogier teve uma margem confortável para gerir e fez o que lhe competia, não cedendo até ao fim – de facto até conseguiu expandir a vantagem.
Enquanto isso, Neuville teve um forte dia de sábado e começou a aproximar-se do segundo lugar de Evans, ao mesmo tempo que criava margem para Rovanperä. Um pião na PEC 17 afastou este ainda mais longe do pódio. No dia de domingo, Neuville foi o mais forte nas três primeiras especiais e consumou a ultrapassagem a Evans na derradeira, para ser segundo atrás de Ogier – que se limitou a gerir a sua extensa margem. Rovanperä e Sordo confirmaram as quarta e quinta posições sem dificuldades.
Até se atrasar na PEC 6, Emil Lindholm (Skoda) comandou o WRC2 com uma vantagem relativamente curta e, doravante, foi Greensmith a impor-se na classe. Foi com a penalização de Fourmaux na PEC 11 que o britânico começou a ganhar vantagem significativa, voltando a distanciar-se de forma considerável na PEC 18 depois de o rival ter mais dificuldades. Entretanto, as PEC 11, 12 e 13 tinham sido feitas com tempos nominais.
Sem ceder no dia de domingo, no qual entrou com mais de meio minuto de avanço, Greensmith consumou o triunfo na classe à frente de Lindholm – que durante grande parte da prova rodou em terceiro e assim acabou à frente de Solberg. Este, apesar de se atrasar prematuramente, fez uma exibição sólida, com várias vitórias em classificativa, para acabr em quarto. Fourmaux entrou no domingo em segundo lugar, mas problemas no Ford ditaram o abandono na antepenúltima classificativa.
Kajetanowicz foi «rei e senhor» no WRC2 Challenger, desde cedo sem oposição à altura – durante parte da prova o seu principal perseguidor foi Fontena, que acabou por perder o segundo lugar para Prokop com a retirada e regresso via Super Rally. Com apenas dois pilotos, o WRC3 foi dominado de forma avassaladora por Domínguez Jr., que nunca deu chances a Bailey e superou-o por uma distância significativa – até porque o canadiano se retirou e voltou em Super Rally.
Top dez final: